domingo, 14 de abril de 2013

Igualdade


Quanto tempo! Pensou que o Django estava fora da cidade e tinha te deixado em paz sem mais posts sobre nada (ou algo) mas...não! Não sou o “Natural” do rifle, mas consigo importunar a vida dos outros como poucos, modéstia a parte.

Com um computador na mão faço muitas coisas. A maioria delas é inútil, mas faço.

No passado eu reclamava de um computador lento. Agora eu reclamo de um netbook lento,com uma tela pequena, com pouca autonomia e cuja tecla para a seleção da interrogação configura-se em um enigma digno de um 007. Facilmente solucionado pela namorada que escreveu a monografia nessa maquina de escrever com tela (perdoe-me, computador).

Muito tempo sem falar é ter muita coisa para falar.
 
Não se apavore, você sempre teve a opção de fechar a janela e eu não sou aquele vírus que você pegou há anos que nenhuma janela era fechada nem pela alma do Bill Gates.

Com muito tempo para pensar você acaba perdendo o foco, pelo menos no meu caso.

Prefiro pensar que perco o foco pelo tempo e não por causa de uma patologia cujo tratamento é através de ritalina ou rivotril.

Sendo desta forma, primeiramente gostaria de dizer que faço Direito, irei me formar nisso, trabalharei com isso, chorarei com isso, irei rir com isso, comprarei um laptop decente com isso, mas não era isso...
 
A faculdade coringa reserva muitas coisas a você. Você entra pensando que  vai sair como um advogado milionário ou juiz com estabilidade infinita , mas sai rezando para receber um salário que pague sua conta de celular e suas saídas, como advogado sem respeito nem dos estagiários.

Em relação ao Direito, digo o que fiquei pensando nos últimos tempos: o que faz o igual se sentir maior? O que faz o que tem menos, ser considerado como igual, para com os que tem mais, por uma pessoa que tem mais e se considera como superior por pregar a igualdade?

Bom, ocorre muito, por mais confuso que seja.  A faculdade de Direito é repleta de pessoas com ideias de igualdade enquanto tratam os alunos como se fossem iguais a marionetes, tentando convencê-las de uma desigualdade no país, causado pelas marionetes mâes-pais, que votam para não haverem mais marionetes pobres votando.

O assunto é delicado, pessoalmente. O assunto é comum, psicologicamente.

O que fala mais alto? As ideias que foram adotadas pelos anos de estudo ou os traumas que se refletem em uma frágil fortaleza imaginária de força? Na maioria dos casos os traumas superam até a aplicação das ideias, o que faz da psicanálise uma ciência muito mais interessante do que o Direito.

Encerrando  o tema específico mas continuando dissertando pela vida, podemos dizer que os traumas tem as proporções que você os dá.

Você. Sim, você. Você tem algum problema? Sim, com toda a certeza do mundo. Você se acha magro, gordo, barrigudo, feio, pequeno, alto, burro, inteligente, ou qualquer outra coisa que te diferencie do resto.

O que é fácil de pensar mas difícil de internalizar é que todo ser humano tem algo que difere do resto, e justamente isso que configura o “comum” e o resto.

Acredito que a vida é viver. Pensar. Sonhar. Viver. Chorar. Sem isso você não vive.

Não digo no sentido de respirar, e sim, viver. Viva! Chore.

Por mais infeliz e frustrado que você seja,  tenho certeza de que a vida é feita de sentimentos, inclusive a dor.

Se você acha que não vive, pois sente a dor da perda, engana-se. A  vida está em sentir, seja a dor, a felicidade, a tristeza, ou qualquer outra coisa.

Pelo direito, todos são iguais. Apenas gostaria que todos vivessem.

A vida não é de todos.  Todos deveriam sentir algo.

E todos deveriam saber que nós, em essência, somos iguais.

Que a igualdade nos afete, não nos subestime ou superestime.

A vida pode ser bela ou ruim, mas quando nos afeta, deveríamos, com orgulho, dizer: “estou vivo”.

Vivemos.

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